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Apresentação

“A máquina do mundo” é um poema de Carlos Drummond de Andrade que desafia a crítica literária desde que foi publicado em 1951, no livro Claro enigma. A palestra apresenta uma leitura do poema e da obra desse poderoso poeta brasileiro por um ângulo pouco explorado: a sua relação com a mineração do ferro em Itabira, a criação da Companhia Vale do Rio Doce, a expansão do mercado mundial do aço no pós-guerra e a experiência de um mundo totalizado por dispositivos de exploração e dominação tendo por base a tecnociência. A catástrofe socioambiental de Mariana, afetando todo o vale do rio Doce, pode ser lida como parte da mesma história, que faz ver o poeta como nosso contemporâneo.

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JOSÉ MIGUEL WISNIK

Professor de Literatura Brasileira da USP, onde se graduou, fez mestrado, doutorado e livre docência. Crítico, ensaísta, compositor, intérprete, pianista, publicou sete livros (sem incluir produções coletivas) e manteve até 2015 uma coluna semanal no jornal O Globo. Já fez trilhas sonoras para o Grupo Corpo (em parceria com Tom Zé, Caetano Veloso e Carlos Nuñez), para cinema (Terra Estrangeira, de Walter Salles e Daniela Thomas), teatro (As Boas, Hamlet […]

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